O que é o Atendimento Pré-Hospitalar (APH)?

Atendimento Pré-Hospitalar – APH

Para garantir um serviço urgência capaz de se deslocar até o local de um evento, seja acidental ou clínico, foram desenvolvidos os serviços de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) que, no Brasil, são chamados de Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).

O que é o Atendimento pré-hospitalar (APH)?

Atendimento Pré-Hospitalar ou APH, se refere ao atendimento realizado fora do ambiente hospitalar, em geral em regime de urgência. No caso de paciente graves, este atendimento pode ser o diferencial entre a vida e a morte.

Há um sistema fixo de triagem e controle onde é feita a análise inicial do caso e indicado o tipo de equipe que será deslocada para o atendimento (básica ou avançada). Há unidades móveis que se deslocam até a área de socorro e prestam a assistência, cuja complexidade depende da triagem realizada e do material e da equipe disponíveis.

Além de fornecer um sistema de transporte, o APH permite o primeiro atendimento no local onde o problema se desencadeia, antes de o paciente ser levado a um serviço médico. Trata-se de uma abordagem multidisciplinar, pois envolve a ativação pública do sistema através do 192, onde um médico regulador irá acionar ambulâncias com equipes básicas ou avançadas, que podem estar ligados a outros serviços de referência como hospitais, bombeiros, defesa civil, transporte aéreo, equipes terrestres de salvamento, entre outros.

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Unidades de Atendimento Básico e Atendimento Avançado

Unidade de Atendimento Básico

é aquela onde a equipe está preparada para realizar procedimentos mais simples e não invasivos como imobilização, controle de um foco hemorrágico externo, identificar e auxiliar na recuperação de uma perda de consciência por exemplo.

Unidade de Atendimento Avançado

Unidade de atendimento avançado é aquela onde a equipe conta com a presença de um médico e está apta para a realização de procedimentos invasivos, como intubação traqueal, e uso de drogas e procedimentos de realização médica exclusiva.

A divisão acima, entre atendimento básico e atendimento avançado, está baseada nas normas legais que definem os limites de ação de cada profissão.

Nem toda a ocorrência é atendida por uma equipe avançada, uma vez que toda a equipe móvel está preparada para oferecer um atendimento adequado, dentro dos critérios acima, muitas vezes responsável pelo sucesso final do caso. Esta tarefa exige horas de treinamento técnico, simulações, atualização constante e condicionamento emocional para enfrentar acidentes e intercorrências clínicas de maior gravidade. A eficiência da equipe deve ser garantida por treinamento e atualização certificados por programas reconhecidos como padrão ouro no atendimento pré-hospitalar.

A assistência oferecida pela equipe de enfermagem, nos casos de atendimento sem a presença de um médico, o que é definido pela regulação, é um ponto importante dos cuidados pré-hospitalares. Há todo um espectro de cuidados que esses profissionais podem oferecer, atividades para a qual devem estar incansável e repetidamente treinados. Mesmo naquelas situações cuja a participação direta do médico é exigida, ainda assim o trabalho e o grau de entrosamento da equipe de enfermagem, em seus vários níveis, pode ser fator determinante no desfecho do atendimento.

APH para profissionais da saúde e outros

A legislação brasileira dispõe que os profissionais de APH estão divididos em dois grupos:

  • Profissionais da área da saúde: médicos, enfermeiros; auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem.
  • Profissionais de outras áreas: policiais, guarda municipal; bombeiros e motoristas de veículos de urgência e emergência.

No Brasil não há um conjunto de competências definidas para cada tipo de profissional que trabalha no APH. Cada serviço deverá, no entanto, manter diretrizes capazes de definir as competências demandadas de acordo com seu histórico de assistência e prioridades, bem como manter treinamento qualificado e atualizado periodicamente nessas áreas prioritárias.

Atendimento de urgência, em especial no atendimento pré-hospitalar (APH), não é trabalho para amadores, exige preparo técnico, físico e emocional. Sem lugar para a improvisação, o respeito a hierarquia, o treinamento em situações simuladas, o conhecimento e a experiência acumulada são indispensáveis. Seja qual for o seu nível de formação todo o profissional que participa da equipe deve estar capacitado a realizar procedimentos que estão dentro do seu nível de competência, de acordo e com respeito às normas legais.

Durante o atendimento pela equipe de APH, após a checagem de material e deslocamento, uma análise de necessidades e os cuidados fornecidos devem estar baseados em evidências clínicas amparadas pela literatura científica. A execução correta destas etapas costuma ser garantida por um exigente processo de certificação e recertificação em programas de treinamento reconhecidos, que fazem com que as habilidades requeridas sejam adquiridas, mantidas e acrescidas. Credenciais em dia garantem acesso a este exigente mercado de trabalho, assim como a falta de credenciais ou sua não atualização são fatores excludentes.

O que é o Atendimento Pré-Hospitalar (APH)? 1

No Brasil, embora estejam legalmente definidas as atribuições funcionais, não há uma classificação nacional de competências específicas para cada membro da equipe de APH. Entretanto, desde que sejam respeitados os limites descritos na constituição para o exercício de cada profissão, os serviços podem definir, com base em suas demandas e estatísticas, quais habilidades mínimas devem ser exigidas, treinadas e certificadas, a fim de que se garanta um elevado grau de padronização nos diferentes níveis de profissionais da equipe.

As técnicas empregadas em APH têm por objetivo promover a estabilidade do paciente e transportá-lo para o ambiente hospitalar. Esta etapa a assistência não está diretamente voltada à causa primária do problema, mas as consequências imediatas que põem em risco a vida do paciente. Todos os esforços devem ser realizados no sentido de entregar levar o paciente até o hospital o mais breve possível e, em caso de trauma, dentro da primeira hora a contar do momento do em que seu o evento.

Alguma das alterações mais comuns neste modelo de atendimento são: afogamento, asfixia, choque com energia elétrica industrial, convulsão, corpo estranho em cavidades naturais, hemorragia externa, intoxicação, obstrução respiratória, parada cardiorrespiratória, perda de consciência e trauma.

“ APH é trabalho de equipe, e trabalho de equipe exige: treinamento exaustivo, treinamento diário e treinamento coletivo, não basta ter apego à vida do paciente. ”

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